Em todas as culturas, a
vontade de se comunicar e mostrar ao mundo um pouco da própria
consciência impulsionou diversas técnicas de pinturas e expressões.
Os índios brasileiros, gueixas do Japão, aborígenes africanos têm
muito em comum. Ao utilizar pedras, cascas de árvores, folhas,
sementes, raízes e frutos de vegetais para se expressar eles criaram
uma série de padronagens e tradições que aos poucos, foram se
perdendo em prol da modernização e da sintetização de tintas e
maquiagens.
A preocupação com o
meio ambiente e com a própria saúde provocou a queda do uso de
corantes artificiais e têm mostrado, cada vez mais, o quão ampla e
mais viável pode ser a utilização de materiais do universo vegetal
e mineral. Da natureza vem toda a inspiração - não há textura,
degradê, tom ou semitom que o homem tenha criado sinteticamente que
não exista na natureza.
Da aroeira, chapada,
cajú, açoita cavalo, alecrim, mocó, murici, mameleiro, chichá,
jenipapo, cajá, velame, entre outras, podemos tirar corantes únicos,
que se estabilizam como uma luva nas fibras naturais (como algodão e
seda), através de processos de fixação – que utilizam água,
vinagre e fixadores.
Em Teresina, a técnica
de ecotingimento é desenvolvida pelo arte educador e assistente
social Manoel Severino que é funcionário publico.
Najila Morais, Valmir
Macêdo e Dalila Cristina.